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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Galinhos/RN: Instalação de parque eólico em plena área de dunas leva população a pedir reconsideração da liberação

 A área das dunas já está recebendo os tratores para terra-planagem

Embora os tratores já preparem o terreno, a polêmica envolvendo a instalação do parque eólico Rei dos Ventos I no município de Galinhos, a 170 quilômetros de Natal, continua na via judicial. Representantes da comunidade, prefeitura municipal e Ministério Público Estadual se reuniram com a juíza Welma Menezes no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) para fazer um apelo quanto à destruição da paisagem e do principal atrativo turístico da cidade. No fim de maio, quando o TJRN derrubou um efeito suspensivo que impedia a construção, as obras começaram a ser tocadas.

O MPE fez um pedido de reconsideração ao TJRN. O documento foi assinado pelo Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, para ser apreciado pelo tribunal. A polêmica gira em torno da área das Dunas do Capim, duna móvel que é considerada Área de Proteção Permanente (APP). Após duas audiências públicas e sem acordo entre o consórcio Brasventos e a comunidade, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema), concedeu a licença de instalação ao empreendedor. O MP ajuizou uma ação civil pública pedindo a suspensão da licença, o que foi acatado inicialmente na Comarca de São Bento do Norte, e derrubado posteriormente pelo TJRN.

O Rei dos Ventos I engloba 35 aerogeradores. Na época da discussão, o Consórcio Brasventos chegou a oferecer a alternativa de realocamento para cinco equipamentos mais próximos da comunidade Galos, no entanto prefeitura e associações do município não concordaram. De acordo com a secretária de Turismo de Galinhos, Chesma Alves Marino, as manifestações da população não são contra os parques eólicos, e sim contra a localização do Rei dos Ventos I.

"De quatro anos para cá vivemos só do turismo. Foi quando começamos a fazer o trabalho de turismo de base comunitária. É uma perda tanto ambiental quanto social", afirma Chesma, que enaltece uma preocupação sobre o que vai acontecer depois da construção dos aerogeradores. "Hoje temos 40 pessoas da comunidade trabalhando na construção. Mas e depois? É uma perda tanto ambiental quanto social", reforça. De acordo com a secretária o turismo tem sido a principal fonte de renda da população.

Fonte: Felipe Gibson/Blog Na Alça da Mira

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